
4 benefícios dos simulados para a preparação do vestibular
Realizar simulados na reta final dos vestibulares é muito mais do que testar conhecimentos: é uma estratégia eficaz para se preparar com segurança. Esses exercícios permitem que o estudante controle o tempo de prova, identifique pontos fortes e fracos, e pratique a gestão da ansiedade e do nervosismo. Além disso, repetindo a experiência em condições semelhantes às do exame, aumenta-se a confiança e a familiaridade com o formato das questões.
Nesse contexto, os simulados se destacam como uma etapa crucial da preparação. Segundo Yan Luz, professor de História e coordenador de segmento da rede Anglo Alante — responsável pela organização pedagógica dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio na instituição —, “sua realização, seguida de uma análise criteriosa, permite que o aluno se familiarize com os modelos de questões, a linguagem utilizada e os conteúdos mais recorrentes em cada prova”.
Além disso, o simulado é uma das ferramentas que podem impulsionar ainda mais os estudos neste momento de reta final dos vestibulares. Por isso, Yan Luz explica 4 benefícios dos simulados na preparação para as provas. Confira!
1. Gestão do tempo e definição de estratégias
Uma das principais dificuldades dos vestibulandos é o gerenciamento do próprio tempo. Achar o equilíbrio entre solucionar as questões com calma sem demandar muito do tempo delimitado é um desafio que pode ser enfrentado com a ajuda do simulado.
O professor explica que como “cada universidade estabelece um número específico de questões e, em alguns casos, inclui a elaboração de redações em geralmente 5 horas de prova, é crucial que o estudante aprenda a administrar seu tempo de forma eficiente, garantindo que todas as fases sejam realizadas dentro do prazo”.
Além disso, os simulados permitem que os vestibulandos utilizem diferentes abordagens em suas realizações para chegarem às provas com a melhor estratégia possível. “O estudante tem a oportunidade de experimentar diferentes abordagens para resolver as questões, como iniciar pelas disciplinas de maior domínio, pular questões mais complexas para retornar depois, ou gerenciar o tempo de leitura e interpretação. Essa prática ajuda a criar um método personalizado que otimiza o desempenho no dia do exame, tornando-o mais seguro e eficaz”, adiciona.
Uma análise detalhada da correção também faz parte da preparação. Com ela, o aluno vai além de acertos e erros: analisa, com olhar crítico, onde seus esforços em revisões e estudos devem ser direcionados, otimizando sua rotina.
2. Maior preparação mental para as provas
Como os simulados apresentam uma situação semelhante ao dia da prova, eles desempenham um papel fundamental também na preparação psicológica dos alunos. Yan Luz explica que, ao simular condições reais do exame, como tempo, ambiente e formato de questão, a ansiedade e o nervosismo para as provas são reduzidos.
Mas, além disso, os simulados têm um papel importante na construção de confiança. “À medida que o aluno realiza os simulados e, principalmente, analisa seus erros e acertos, ele consegue visualizar sua evolução. Ele consegue perceber que está gerenciando melhor o tempo, acertando mais questões ou compreendendo pontos que antes eram difíceis. Essa sensação de progresso é um forte motivador e combate a insegurança”, explica o coordenador.

3. Familiaridade é fundamental no processo
Além de deixar o aluno mais resiliente para a prova, os simulados aumentam a eficácia do estudante. Assim, “a familiarização vai desde o estilo das questões e a linguagem utilizada até a forma de cobrança dos conteúdos. Quanto menos surpresas o aluno tiver no dia da prova oficial — seja em relação ao formato, ao tempo ou à complexidade das questões —, maior será sua confiança e suas chances de sucesso, pois ele estará mental e academicamente mais adaptado ao desafio que enfrentará”, explica o especialista.
4. Essenciais na rotina de estudos
O simulado é uma etapa contínua e estratégica para quem vai prestar vestibular. Deve, portanto, fazer parte da rotina de estudo dos jovens. Com ele, é possível entender quais são os conteúdos que precisam de reforço, compreendendo os erros e o processo que levou até eles.
Segundo o coordenador, “é preciso dedicar um tempo significativo, muitas vezes até mais do que o próprio simulado, para corrigir detalhadamente cada questão, entendendo onde o erro aconteceu — se foi falta de conteúdo, interpretação, distração ou gestão do tempo. Essa análise deve guiar os estudos subsequentes”.
A partir da análise dos resultados, a revisão e o planejamento de estudos devem ser voltados para os simulados, com as áreas de maior dificuldade tornando-se prioridade na rotina. Com esse hábito, os simulados refinam a estratégia de exame do aluno, uma vez que ele compreenderá o que fazer primeiro, como gerenciar o cansaço e quais questões demandarão mais tempo, por exemplo.
Nesse contexto, a realização de um simulado completo a cada 15 dias ou uma vez por mês é um bom ponto de partida, segundo Yan Luz. Integrar os simulados dessa forma transforma a rotina de estudos em um ciclo contínuo de avaliação, aprendizado e aprimoramento.
Por André Taheiji