5 curiosidades sobre os peixes ornamentais

5 curiosidades sobre os peixes ornamentais

A paixão dos brasileiros por animais de estimação é inquestionável, especialmente quando se trata de peixes ornamentais. Conhecida como aquarismo, a criação desses bichinhos é tão popular no país que, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 11 milhões de pessoas mantêm aquários em casa.

Um dos fatores para esse fenômeno, segundo a médica-veterinária Tatiane Aranha, coordenadora do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, é a combinação de beleza, aprendizado prático e baixo esforço de manutenção. Ela explica que, mesmo precisando de cuidados específicos, um aquário bem equilibrado demanda menos trabalho do tutor que um cão ou gato.

“Um peixe bem cuidado pode viver muitos anos, alguns até mais de dez, além de que com cuidados adequados, eles exibem comportamento natural e se desenvolvem de forma mais saudável, com cores mais vivas”, acrescenta.

Além disso, é uma experiência enriquecedora para adultos e crianças. “Ter peixes ornamentais pode ser uma ótima forma de aprender sobre ecossistemas, química da água e biologia. Para crianças, é uma introdução à responsabilidade e ao cuidado com seres vivos”, diz a veterinária.

Origem do aquarismo

Os egípcios antigos podem ser considerados os pais do aquarismo. Para estudar o nado e o comportamento dos peixes, e assim prever cheias ou secas no Rio Nilo, esse povo construía uma espécie de tanque de argila e vidro e, assim, foi criada a base para os aquários modernos.

Com o passar do tempo, a prática se desenvolveu na China e no Japão, chegando depois à Europa, e o aquarismo virou um hobby, sendo espalhado pelo mundo. Os amantes dos peixes passaram a realizar o cruzamento de espécies para chegar às diversas cores e formas dos peixes ornamentais que vemos hoje.

Curiosidades sobre os peixes ornamentais

A seguir, Tatiane Aranha elenca algumas curiosidades sobre os peixes ornamentais. Confira!

1. Cuidado com o excesso de comida

Os peixes se alimentam na natureza conforme a fome e a disponibilidade de alimento. Quando há comida em abundância, podem se alimentar várias vezes ao dia, dependendo do hábito alimentar da espécie, seja ela herbívora, onívora ou carnívora.

A alimentação em excesso dos peixes ornamentais pode causar problemas de saúde, assim como o acúmulo de sobras de ração no fundo dos aquários. Essa sobra de alimento pode modificar a química da água, aumentar os níveis de toxinas e ser muito prejudicial à saúde dos peixes. Por isso, o tutor deve tomar cuidado em não oferecer alimento em excesso ao animal.

2. Peixes não têm pálpebras nem orelhas

A maioria dos peixes não têm pálpebras. É por isso que existe a lenda de que eles não dormem: sem pálpebras, eles não podem fechar os olhos, parecendo estar sempre acordados. Para descansar, eles buscam um local mais “aconchegante”, que pode ser uma estrutura de pedras na natureza; ou uma determinada parte do aquário.

Outra curiosidade é que eles não dormem profundamente como os mamíferos terrestres. Parecem mais reduzir sua atividade e metabolismo enquanto permanecem em estado de alerta, tendo funções restauradoras similares à atividade de dormir dos humanos.

Esses animais também não têm um pavilhão auditivo externo (orelha externa), mas, em compensação, possuem orelha interna que os torna capazes de captar sons e vibrações vindos da água. No ambiente doméstico, o barulho da casa pode irritá-los, deixando-os estressados, o que pode atrapalhar seu apetite, crescimento e reprodução.

Os tutores precisam ficar atentos com a troca de água do aquário para manter a disponibilidade de oxigênio Imagem: MilanMarkovic78 | Shutterstock

3. Peixes podem ter falta de ar

Assim como acontece conosco, humanos, os peixes precisam trocar oxigênio com o ambiente. O betta, por exemplo, possui um órgão chamado labirinto que permite a respiração fora da água. Assim, ele pode subir até a superfície para respirar. Caso a água do aquário esteja com pouca disponibilidade de oxigênio ou encontre algum empecilho para emergir, ele pode, sim, morrer sufocado. Por isso, é importante que os tutores fiquem atentos com a troca de água.

4. Peixes bebem água

Os peixes absorvem água através da pele e das brânquias em um processo chamado de osmose ou osmorregulação. Assim, regulam a quantidade de sais no interior de seu organismo. É uma espécie de troca de fluidos com o ambiente. Um peixe sem essa capacidade, se for colocado no mar, perderia água de seu corpo por osmose, podendo desidratar e morrer. Isso também ocorreria se um peixe de água doce fosse colocado em água salgada.

Assim, o peixe de água doce tem mais sais em seu organismo do que a água do meio externo: a água entra em seu corpo naturalmente, e ele não precisa beber água. Já os peixes de água salgada precisam absorver muita água para garantir o equilíbrio do organismo, pois eles têm menos sais do que o ambiente externo e a água sai continuamente do seu corpo.

Outra curiosidade é que esses animais urinam bastante, e a urina do peixe de água salgada é mais concentrada do que daquele de água doce. Além disso, eles também produzem fezes, por isso é importante manter a limpeza do aquário.

5. Peixes sentem frio

Os peixes são animais ectotérmicos, cuja regulação da temperatura do corpo depende de fontes externas, como a luz do sol ou superfícies quentes. Dependendo da espécie envolvida, os aquários precisam ter fontes térmicas. Expostos a temperaturas baixas, o metabolismo desses animais pode desacelerar, reduzindo até o apetite dos bichinhos.

Por Camila Souza Crepaldi

loader-image
Guarapari, BR
20:16, 25/10/2025
temperature icon 21°C
Siga nossas redes sociais
© 2023 Todos os Direitos Reservados a Guarapari Comercial. Desenvolvido por: Sales Publicidade