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Confira as características da terapia analítico-comportamental

Confira as características da terapia analítico-comportamental

Baseada no behaviorismo radical, teoria do pesquisador Burrhus Frederic Skinner que diz que as condutas humanas são desenvolvidas por meio de reforços, e na análise do comportamento, a terapia analítico-comportamental (TAC) visa entender a relação do indivíduo com o meio que o cerca, isto é, como as atitudes deste podem ser influenciadas pelo ambiente.  

Ademais, segundo a Dra. Cristiane Vaz de Moraes Pertusi, psicóloga, palestrante e doutora em Psicologia do Desenvolvimento Humano, essa abordagem terapêutica, além de considerar a influência dos eventos recentes na rotina do paciente, também se preocupa em investigar a sua história de vida e o papel dos seus diálogos e interações. 

Diferenças entre TAC e TCC 

Apesar de apresentarem aspectos parecidos, há algumas diferenças entre a terapia analítico-comportamental (TAC) e a terapia cognitivo-comportamental (TCC). A Dra. Cristiane Vaz de Moraes Pertusi cita que a principal delas é o foco do processo terapêutico.  

“A TAC enfatiza a análise do comportamento em seu contexto histórico e ambiental, sem focar os pensamentos como causas diretas. Já a TCC trabalha diretamente com pensamentos e crenças disfuncionais como mediadores do comportamento”, explica. 

Técnicas utilizadas na terapia analítico-comportamental 

Na terapia analítico-comportamental, determinadas técnicas são utilizadas para promover mudanças nos comportamentos do paciente e, consequentemente, melhora na sua saúde mental. São elas:

  • Análise funcional: é a primeira etapa. Consiste na identificação das causas e consequências dos comportamentos problemáticos; 
  • Reforçamento positivo: reforça as condutas desejáveis por meio de recompensas, sejam elas materiais, como um presente, ou sociais, como um elogio; 
  • Modelagem: ensina novos comportamentos por meio de demonstrações do que seria desejável; 
  • Treino de habilidades sociais: esta fase visa ajudar o paciente a desenvolver habilidades de comunicação e interação social;  
  • Exposição: expõe o indivíduo a situações temidas. Esta etapa visa diminuir a ansiedade e os comportamentos evitativos; 
  • Modificação de contingências: altera o ambiente para favorecer comportamentos adaptativos, como organizar um espaço ou modificar a rotina; 
  • Análise de protocolo: registra a frequência das condutas do paciente no dia a dia. Em seguida, por meio do registro, avalia se o tratamento apresentou eficácia.   

Benefícios da abordagem analítico-comportamental 

Por meio da modificação dos comportamentos indesejáveis, a abordagem analítico-comportamental pode oferecer diversos benefícios para a vida do paciente. Alguns deles são:

  • Redução dos sintomas de diferentes transtornos mentais, como depressão, ansiedade, fobias, entre outros; 
  • Melhoria nas relações interpessoais; 
  • Fortalecimento da autoconfiança e da autoestima; 
  • Desenvolvimento de estratégias para lidar com situações desafiadoras e estressantes. 
O tempo de tratamento da terapia analítico-comportamental pode variar, pois depende de condições externas Imagem: AnnaStills | Shutterstock

Período de tratamento

O tempo de tratamento com a abordagem analítico-comportamental pode variar de pessoa para pessoa. Isso porque, de acordo com Michele Silveira, psicóloga clínica, logoterapeuta e especialista em transtornos de ansiedade, ele depende de condições externas, como o progresso do paciente e seus objetivos terapêuticos. Além disso, a complexidade dos casos é um dos fatores determinantes. “Transtornos mais graves podem exigir um período mais longo de intervenção”, acrescenta.   

Terapia analítico-comportamental e outros tratamentos 

Assim como outras abordagens terapêuticas, se houver necessidade e dependendo do caso do paciente, a terapia analítico-comportamental também pode ser associada ao uso de medicações. Contudo, isso deve ser analisado em conjunto pelo psicólogo e psiquiatra. Ademais, conforme a Dra. Cristiane Vaz de Moraes Pertusi, o tratamento também pode ser combinado com outras terapias complementares, como meditação e arteterapia, desde que haja respeito à individualidade. 

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